Horários: 10.00 - 19.00 h (encerra das 13.00 às 14.00 h)

Conservação da Natureza

Recifes de barroeira

As colônias da Barroeira (Sabellaria alveolata), uma minhoca poliqueta, podem transformar-se em autênticos recifes, cobrindo extensas partes da zona entre-marés inferior, fornecendo inúmeros micro-habitats para uma fauna associada muito rica.

Os recifes desempenham um papel fundamental na estrutura e dinâmica de uma comunidade intertidal. A morfologia do substrato rochoso é alterada verticalmente, elevando o nível do substrato em relação ao nível do mar. As condições ecológicas de cada sítio são modificadas e a biomassa por unidade de superfície é aumentada, contribuindo para a riqueza de espécies da zona intertidal.

Mas as atividades humanas, como a procura de iscos por pescadores desportivos, a busca de caranguejos e polvos, a curiosidade e o pisoteio, provocam erosão que causa uma grande interferência no ciclo de vida natural de um recife e pode resultar numa destruição completa.

Os recifes da Barroeira e sua problemática desempenham um papel importante nos programas de educação ambiental da ELA e, como contribuição para sua conservação e proteção, um folheto didático é distribuído entre os visitantes, informando-os sobre a biologia das espécies e alertando-os para as suas ameaças comuns.

 

Tartarugas Marinhas

Na ELA foram recebidas a tartaruga-comum (Caretta caretta), com alguma regularidade até 2008, mas também raridades como a tartaruga-de-Kemp (Lepidochelys kempii). Desde então, não houve mais registos. Tartarugas-de-couro (Dermochelys coriacea) mortas foram ainda registadas com alguma frequência até 2017.

Para reabilitação, as tartarugas marinhas foram mantidas dentro do edifício em condições controladas ao longo de algumas semanas. Antes da libertação foram marcadas com um Microchip na parte de trás do pescoço e depois reintegradas no mar entre as 20 e 40 milhas náuticas, com a ajuda da Guarda Costeira.

Um folheto de informação didático é distribuído aos visitantes da ELA, informando sobre as espécies e ameaças, com instruções sobre o que se deve fazer quando se encontra uma tartaruga viva na praia ou numa rede.

 

Lavagante europeu

O projeto inclui experiências sistemáticas de marcação-recaptura. Os lavagantes, capturados pela pesca experimental ou comercial, são recuperados em cativeiro durante várias semanas entre maio e outubro.

Depois são marcados com injeção de uma tinta colorida sensível à luz ultravioleta na parte ventral abdominal e, em seguida, libertados no mar sobre substrato rochoso e profundidades entre 8 e 10 m.

Quando é capturada uma fêmea com ovos, decorrem experiências de cultivo para fins de repovoamento do mar da Aguda. As larvas são alimentadas primeiro com zooplâncton vivo (náuplios de Artémia) e depois, já separadas para evitar canibalismo, com granulado de tamanho gradualmente maior e, num estado mais avançado, com carne de mexilhão.

Os lavagantes juvenis provenientes das experiências de cultivo são introduzidos no mar com ajuda de um mergulhador.

 

Aves Marinhas

A ELA recebe com alguma frequência aves marinhas encontradas na praia, exaustas, feridas ou contaminadas por produtos de hidrocarbonetos. A estes animais são prestados “primeiros socorros”, depois são alimentados e, após um curto período de repouso, enviados para a Clínica Veterinária do Parque Biológico de Vila Nova de Gaia, em Avintes.